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Foto do escritorCláudio Carvalho

O Azeite Ungido



Não há muita diferença, entre muitos evangélicos Para o catolicismo espiritismo fazem do azeite um prosépio um sincretismo religioso sagrado Muitos interpretam erroneamente Tiago 5 .14 Sem enteder o seu significado

A origem da oliveira, na sua forma primitiva, remonta à Era Terciária, anterior portanto ao aparecimento do homem, e se situa na Ásia Menor, provavelmente na Síria ou na Palestina, regiões onde foram descobertos vestígios de instalações de produção de azeite e fragmentos de vasos datados do começo da Idade do Bronze. Contudo, em toda a bacia do Mediterrâneo foram encontradas folhas de oliveira fossilizadas, datadas do Paleolítico e do Neolítico, sendo também pesquisada a sua origem ao sul do Cáucaso, nos altos planos do Irã.

O uso do azeite na Antiguidade

Por volta de 3000 anos antes de Cristo, a oliveira já seria cultivada por todo o Crescente Fértil. Sabe-se, no entanto, que, há mais de 5 mil anos, o azeite era usado pelos povos da Mesopotâmia como um protetor do frio e para o enfrentamento das batalhas, ocasiões em que as pessoas se untavam significa enlambuzavam dele. De acordo com a Bíblia, havia comércio de azeite entre os negociantes da cidade de Tiro, que, provavelmente, o exportavam para o Egito, onde as oliveiras, na maior parte, não oferecem um produto de boa qualidade. Há também informações extraídas do Antigo Testamento bíblico de que teria sido na quantidade de 20.000 batos (2 Crônicas 2:10), ou 20 coros (1 Reis 5:11), o azeite fornecido por Salomão a Hirão, sendo que o comércio direto desta produção era, também, sustentado entre o Egito e a Israel (1 Reis 5:11; 2 Crônicas 2:10-15; Isaías 30:6 e 57.9; Ezequiel 27:17; Oséias 12:1). A propagação da cultura do azeite provavelmente deve ter ocorrido por meio dos fenícios e dos gregos. Assim, já na Grécia antiga se cultivava a oliveira, bem como a vinha. E, desde o século VII a.C., o óleo de oliva começou a ser investigado pelos filósofos, médicos e historiadores da época em razão de suas propriedades benéficas ao ser humano. Os gregos e os romanos sem dúvida descobriram várias aplicações do azeite, com suas múltiplas utilizações na culinária, como medicamento, unguento ou bálsamo, perfume, combustível para iluminação, lubrificante de alfaias e impermeabilizante de tecidos. Além disso, o azeite é mencionado em quase todas as religiões da Antiguidade, havendo inúmeras lendas e mitos a respeito. Muitas das vezes a oliveira era considerada símbolo de sabedoria, paz, abundância e glória para os povos.

O azeite nas religiões antigas

Para os egípcios, o cultivo da oliveira teria sido ensinado por Ísis; os gregos e romanos também acreditavam que a origem de tal cultura teria sido uma dádiva dos seus respectivos deuses. De acordo com a mitologia grega, ao disputar as terras do que é hoje a cidade de Atenas, o deus Posoidão, com um golpe de seu tridente, teria feito brotar um belo e forte cavalo e que a deusa Atenas trouxe uma oliveira capaz de produzir óleo para iluminar a noite, suavizar a dor dos feridos e de servir como um alimento precioso, rico em sabor e energia. Na Eneida, Virgílio faz uma menção ao azeite e à oliveira: "E com um ramo de oliveira o homem se purifica totalmente". Rômulo e Remo, considerados descendentes dos deuses e fundadores da cidade de Roma, teriam visto a luz do dia pela primeira vez debaixo dos galhos da oliveira. Todavia, entre os judeus o azeite teve uma grande importância nos cultos quanto ao oferecimento de sacrifícios a Deus, simbolizando a sua presença entre os homens.

A simbologia do azeite

Na Bíblia, o azeite é utilizado como símbolo da presença do Espírito Santo (Deus). Em Gênesis, quando as águas do dilúvio tinham cessado e a arca ainda navegava sobre as águas, o patriarca Noé teria soltado uma pomba que retornou trazendo um ramo de oliveira. Jacó, ao ter duas experiências sobrenaturais com Deus, em Betel, em ambas às vezes colocou no local uma coluna de pedra sobre a qual derramou azeite. (Gênesis 28:18 e 35:14) Os judeus utilizavam o azeite nos seus sacrifícios e também como uma divina unção que era misturada com perfumes raros. Usava-se, portanto, o azeite na consagração dos sacerdotes (Êxodo 29:2-23; Levítico 6:15-21), no sacrifício diário (Êxodo 29:40), na purificação dos leprosos (Levítico 14:10-18 e 21:24-28), e no complemento do voto dos nazireus (Números 6:15). Quando alguém apresentar ao Senhor uma oblação como oferta, a sua oblação será de flor de farinha; derramará sobre ela azeite, ajuntando também incenso.(Levítico 2:1) Pode-se afirmar que a Torah previa três tipos de ofertas de manjares que deveriam ser acompanhadas com azeite e sem fermento, as quais eram: 1 flor de farinha com azeite e incenso; 2 bolos cozidos ou obreias (bolos muito finos) untadas com azeite; 3 grãos de cereais tostados com azeite e incenso. E, enquanto a ausência de fermento simbolizava a abstinência do pecado, o azeite representaria a presença de Deus. Parte das ofertas era então queimada no altar como sacrifício a Deus. Certas ofertas, contudo, deviam efetuar-se sem aquele óleo, como, por exemplo, as que eram feitas para expiação do pecado (Levítico 5:11) e por causa de ciúmes (Números 5:15). Os judeus também empregavam o azeite para friccionar o corpo, depois do banho, ou antes de uma ocasião festiva, mas em tempo de luto, ou de alguma calamidade, abstinham-se de usá-lo. O azeite também era reconhecido como um medicamento entre os judeus

Jeremias 8.22 Não há bálsamo em Gileade? Não há médico? Por que será, então, que não há sinal de melhora e cura para a enfermidade de meu povo?

(Isaías 1:6; Marcos 6:13; e Tiago 5:14). No Evangelho segundo Lucas 10:34, o "bom samaritano" unge as feridas do homem que tinha sido atacado pelos salteadores com vinho e azeite. O azeite, nas feridas, era conhecido por ajudar a cicatrizar. Pode-se dizer que na cultura judaica o azeite indicava o sentimento de alegria, ao passo que a sua falta denunciava tristeza, ou humilhação. Antes de sua prisão, Jesus passou momentos agonizando no Getsêmani, ou Jardim das Oliveiras, situado nos arredores da Jerusalém antiga. O nome Getsêmani significa lagar do azeite. A escolha do local trazia com exatidão o que estava acontecendo com Jesus momentos antes de ser crucificado, quando iria ser sacrificado e esmagado como uma azeitona, a fim de que a humanidade pudesse receber o Espírito Santo em seus corações.

Muitos querem voltar para os rudimentos antigos da Lei Gálatas 5.4 Vós, que vos justificais por meio da Lei, estais separados de Cristo; caístes da graça!

Gálatas 3 1-13

Ó gálatas insensatos! Quem foi que os enfeitiçou? Não foi diante dos olhos de vocês que Jesus Cristo foi exposto como crucificado?

Quero apenas saber isto: vocês receberam o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?

Será que vocês são tão insensatos que, tendo começado no Espírito, agora querem se aperfeiçoar na carne?

Será que vocês sofreram tantas coisas em vão? Se é que, na verdade, foram em vão.

Aquele que lhes concede o Espírito e que opera milagres entre vocês, será que ele o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?

É o caso de Abraão, que “creu em Deus, e isso lhe foi atribuído para justiça”.

Saibam, portanto, que os que têm fé é que são filhos de Abraão.

Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria os gentios pela fé, preanunciou o evangelho a Abraão, dizendo: “Em você serão abençoados todos os povos.”

De modo que os que têm fé são abençoados com o crente Abraão.

Pois todos os que são das obras da lei estão debaixo de maldição, porque está escrito: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da Lei, para praticá-las.”

E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque “o justo viverá pela fé”.

Ora, a lei não procede de fé, mas “aquele que observar os seus preceitos por eles viverá”.

Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar — porque está escrito: “Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro.

A pergunta essencial que surge desta passagem é se o cristianismo proíbe o uso de remédios o azeite. No texto grego original, Tiago verso 14 do cap 15 começa com uma declaração, e não uma pergunta, e deveria ser traduzido como:

Alguém entre vós esta doente”. Tiago começa a discussão com o fato de que existem doenças no mundo e que o cristão não està ísento delas. No estudo deste versículo, podemos concluir que a iniciativa de chamar os presbíteros da igreja para o leito de morte do cristão enfermo deve partir do próprio crente. Na época da igreja apostólica, os presbíteros realizavam muitas tarefas. Uma delas era tratar cuidar dos enfermos, Assim como esta em Lucas 10.34 ungido o enfermo Pois o azeite é considerado um medicamento, da maneira que fosse possível. Está perícope afirma: "que orem sobre ele, ungindo-o com azeite um medicamento em nome do Senhor". O texto grego esclarece a ordem em que estas duas coisas deviam ser realizadas. No original, a palavra "ungindo-o particípio aoristo (ἀλείψαντες de ἀλείφω, aleiphõ,). Este vocábulo descreve um ato que antecedeu oração, e deve ser traduzido como "tendo ungido. Porém, alguns entendem que este caso indica a aplicação do remédio, inicialmente, e, somente depois, os presbíteros deveriam orar pelo enfermo. Outrossim, a deve ser feita em nome do Senhor; porem alguns interpretam que, não necessariamente, o ato de unge é explicado pelo verbo imperativo aoristo, proseuksasthõsan (προσευξάσθωσαν de προσεύχομαι, proseuchomai ) sinicado, que orem. Também o verbo proskalesasthõ (προσκαλεσάσθω σε προσκαλέομαι, proskaleomai ) significa chame, indica o tempo aoristo. Nos dois casos, referência é a uma açãoem algum ponto do passado, e não uma conotação repetitiva. O particípio aleipsantes (ἀλείψαντες), não diz respeito ao verbo principal. nem à ação principal na sentença. A aplicação do remédio pode ser feita por crentes e também por descrentes, mas a oração, como um exercício de fé, é a chave para buscar a vontade de Deus, com relação à cura, Além do mais, a expressão "em nome do Senhor não se refere a uma questão de habito, pela qual alguém deve concluir as suas orações. Na verdade, indica uma disposição de colocar a oração e qualquer resposta à oração na vontade e propósito soberanos de Deus. Em João 14.13, o Senhor assegurou: "E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho" É verdade que os crentes nem sempre recebem aquilo que pedem, nem mesmo a saúde perfeita. Todavia, virá um tempo em que as corpos dos cristãos serão redimidos (Rm 8.23) e eles receberão corpos glorificados e ressuscitados (t Co 15.51-54). Isto posto, o nome do Senhor indica o seu caráter e propósito. Por exemplo, se um pai disser a um filho "respeita o meu nome estará exigindo obediência para que o filho faça o que ele ordena. Da mesma maneira, o Senhor da a seus filhos liberdade de orar por tudo o que desejam que o Pai Celestial lhes conceda. Porem, Ele conhece e dá a melhor, de acordo com a sua vontade. O melhor do Senhor pode ser doença e privação, em lugar de saúde e riqueza, mas propósito é trazer o crente a um relacionamento mais intimo com Ele (Rm 8.28). Em última análise, é Deus que realiza a cura, de crentes e incrédulos e não um azeite, com ou sem o uso de remédios. Frequentemente, Deus cura até mesmo quando não é oferecida nenhuma oração. No caso do crente, deve haver a percepção de que a oração feita a Deus com fé tem poder. Embora Ele seja um Deus soberano, também é um Deus que ouve e que atende orações. No versículo 15, Tiago explica a segurança do crente: "E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará".

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