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Carnaval Sodoma e gomora a origem

  • Foto do escritor: Cláudio Carvalho
    Cláudio Carvalho
  • há 7 minutos
  • 5 min de leitura
A falsa alegria a ilusão da alma, O dia que os demonios tem liberdade sobre os corpos de homens e mulheres sem Deus.
A falsa alegria a ilusão da alma, O dia que os demonios tem liberdade sobre os corpos de homens e mulheres sem Deus.

A falsa alegria o engano do diabo para almas vazias de Deus, onde é um dos piores dias vivido sobre a face da terra onde portais do inferno são abertos, onde maioria dos bruxos pais de santos feitecieros se dedicam com todas as forças as trevas.


1. ORIGEM ETIMOLÓGICA DO CARNAVAL

A palavra Carnaval possui duas etimologias principais:

1.1 Carne vale (latim vulgar)

  • Carne = carne, desejos, instintos

  • Vale = adeus, despedida Significado: “adeus à carne”

Essa expressão indicava o último período de excessos antes da Quaresma, quando a Igreja medieval exigia abstinência de carne, prazer e festas.

Paradoxo: Na prática, tornou-se o oposto: não a despedida, mas a exaltação da carne.

1.2 Carnis levare (latim clássico)

  • Remover a carne

  • Referência direta ao jejum quaresmal

Ambas confirmam: o Carnaval surge como uma válvula de escape ritualizada antes de um período de disciplina religiosa.

2. RAÍZES PAGÃS PRÉ-CRISTÃS

O Carnaval não nasceu cristão. Ele foi herdado e ressignificado de festas pagãs muito mais antigas.

2.1 Saturnálias Romanas (Roma Antiga)

Festa dedicada a Saturno, deus da colheita e do tempo.

Características:

  • Inversão de papéis (escravos mandavam nos senhores)

  • Orgias, bebedeiras e licenciosidade

  • Máscaras (perda da identidade moral)

  • Suspensão da lei e da ética

Objetivo espiritual: Liberação do caos para “equilibrar” a ordem.

Conceito profundamente anti-bíblico, pois celebra o caos, não a santidade.

2.2 Lupercálias

Culto ao deus Lupercus (associado a fertilidade e instinto animal).

Rituais:

  • Sacerdotes nus

  • Corridas pelas ruas

  • Chicoteavam mulheres para “abençoar” a fertilidade

Aqui nasce o vínculo entre:

  • Sexualidade ritual

  • Corpo como objeto

  • Violência simbólica sacralizada

2.3 Dionisíacas (Grécia Antiga)

Culto a Dionísio (Baco, para os romanos), deus do vinho, êxtase e loucura.

Práticas:

  • Embriaguez ritual

  • Frenesi coletivo

  • Transe

  • Dissolução da razão

O êxtase era visto como “experiência espiritual”.

Na Bíblia, isso é chamado de:

“Obras da carne” (Gálatas 5:19–21)

3. MÁSCARAS: SIMBOLISMO ESPIRITUAL

As máscaras não eram decoração — eram elementos espirituais.

Funções simbólicas:

  • Anonimato moral

  • Suspensão da identidade

  • Permissão para agir sem culpa

Na teologia bíblica:

  • Máscara = hipocrisia

  • Ocultação do coração

  • Rejeição da verdade interior

“Tudo o que é oculto será revelado.” (Lucas 12:2)

4. A ABSORÇÃO PELO catolicismo romano MEDIEVAL

A Igreja medieval não criou o Carnaval — tolerou-o.

Motivo:

  • Estratégia política e social

  • Tentativa de conter festas pagãs dentro do calendário cristão

Resultado: O paganismo não foi convertido Foi apenas batizado nominalmente

O espírito permaneceu pagão.

5. INTERPRETAÇÃO TEOLÓGICA: HÁ UM FUNDO SATÂNICO?

Aqui é essencial distinguir:

História acadêmica Leitura teológica cristã

5.1 Biblicamente, o que o Carnaval promove?

  • Exaltação da carne (Romanos 8:5–8)

  • Inversão de valores (Isaías 5:20)

  • Dissolução moral (Efésios 5:18)

  • Perda do domínio próprio (Provérbios 25:28)

Todos esses são elementos que a Bíblia associa:

“ao mundo que jaz no maligno” (1 João 5:19)

5.2 Satanismo explícito?

Não, no sentido moderno ritualístico.

5.3 Satanismo conceitual (bíblico)?

Sim, no sentido de:

  • Rebelião contra a ordem divina

  • Glorificação do instinto

  • Culto ao prazer

  • Celebração do caos

Satanás, na Bíblia, é:

  • O promotor da desordem

  • O enganador

  • O opositor da santidade

6. O CARNAVAL MODERNO

Hoje o Carnaval mantém:

  • Erotização do corpo

  • Idolatria da liberdade sem limite

  • Consumo excessivo de álcool e drogas

  • Violência e degradação moral

Mesmo sem consciência espiritual, o espírito original permanece.

7. CONCLUSÃO TEOLÓGICA

O Carnaval:

  • Não é neutro

  • Não é culturalmente inocente

  • Não é espiritualmente vazio

Ele nasce:

  • Do paganismo

  • Da celebração da carne

  • Da suspensão da ordem moral

E se mantém:

  • Pela exaltação do instinto

  • Pela perda da identidade

  • Pela negação do arrependimento

Palavra final:

“Não vos conformeis com este mundo.”(Romanos 12:2)

1. FUNDAMENTO APOLOGÉTICO: O PRINCÍPIO DA ANTÍTESE BÍBLICA

A fé cristã não opera por síntese cultural, mas por antítese espiritual.

📖 “Que comunhão tem a luz com as trevas?”(2 Coríntios 6:14)

O Carnaval não é apenas uma festa:

  • é uma cosmovisão encarnada

  • um ritual social

  • uma liturgia secular da carne

➡️ O erro apologético comum é tratá-lo como “neutro”.➡️ A Bíblia nunca trata a carne celebrada como neutra.

2. REFUTAÇÃO BÍBLICA SISTEMÁTICA

2.1 A Carne como Categoria Teológica

“A carne milita contra o Espírito.”(Gálatas 5:17)

Na Escritura:

  • Carne (σάρξ – sarx) ≠ corpo físico apenas

  • Refere-se à natureza humana desordenada, caída, autocentrada

O Carnaval:

  • glorifica o instinto

  • suspende o domínio próprio

  • transforma o corpo em instrumento de prazer desvinculado do telos divino

“Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus.”(Romanos 8:8)

2.2 A Inversão Moral como Marca do Mundo Caído

“Ai dos que ao mal chamam de bem.”(Isaías 5:20)

O Carnaval:

  • chama libertinagem de liberdade

  • erotização de expressão cultural

  • embriaguez de alegria

Biblicamente, isso é confusão moral, não celebração legítima.

2.3 O Êxtase Sem Verdade

“Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução.”(Efésios 5:18)

A Bíblia rejeita:

  • êxtase sem verdade

  • alegria sem santidade

  • comunhão sem arrependimento

O êxtase carnavalesco é dionisíaco, não pneumatológico.

3. TESTEMUNHO PATRÍSTICO: OS PAIS DA IGREJA

3.1 TERTULIANO († c. 220)

Obra: De Spectaculis

Tertuliano combate diretamente:

  • festas públicas

  • jogos

  • teatros

  • rituais herdados do paganismo

Citação essencial:

“Nada do que procede da idolatria pode ser purificado pelo uso cristão.”

Para Tertuliano:

  • Não existe “ressignificação inocente” de festas pagãs

  • A origem espiritual contamina o uso

Aplicação direta ao Carnaval:

O que nasce do culto à carne não pode produzir frutos do Espírito.

Base bíblica usada por Tertuliano:

  • 1 Coríntios 10:20 – “O que os gentios sacrificam, sacrificam aos demônios.”

3.2 AGOSTINHO DE HIPONA († 430)

Conceito central: Ordo Amoris (Ordem do Amor)

Para Agostinho:

  • O pecado não é amar, mas amar fora da ordem

  • O mal é o amor desordenado (amor curvus)

“A virtude é a ordem do amor.”(De Civitate Dei)

O Carnaval expressa:

  • amor ao prazer acima da verdade

  • amor ao corpo acima da alma

  • amor ao instante acima da eternidade

Isso é, em termos agostinianos: Concupiscência da carne Cidade dos Homens, não a Cidade de Deus

1 João 2:16:

“A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida.”

3.3 AGOSTINHO E A CIDADE DE DEUS

“Duas cidades foram formadas por dois amores.”

  • Cidade de Deus → amor a Deus até o desprezo de si

  • Cidade dos Homens → amor a si até o desprezo de Deus

O Carnaval é expressão litúrgica da Cidade dos Homens.

4. REFUTAÇÃO FILOSÓFICA

4.1 Platão: O Governo da Alma

Platão ensina:

  • razão deve governar os apetites

  • quando o desejo governa, surge a tirania interior

O Carnaval celebra exatamente:

  • a abdicação da razão

  • a coroação do desejo

Isso não é liberdade, é anarquia da alma.

4.2 Aristóteles: Virtude e Meio-Termo

Virtude = hábito racional orientado ao bem

O Carnaval:

  • promove excesso

  • rejeita o autocontrole

  • despreza a prudência (phronesis)

Logo, é antiético, mesmo fora do cristianismo.

4.3 Nietzsche (ironicamente)

Mesmo Nietzsche distingue:

  • Dionisíaco (caos, êxtase)

  • Apolíneo (ordem, forma)

O Carnaval é dionisíaco puro —mas o próprio Nietzsche admite que o caos sem forma destrói.

5. REFUTAÇÃO À IDEIA DE “LIBERDADE”

“Tudo me é lícito, mas nem tudo convém.”(1 Coríntios 6:12)

Liberdade bíblica ≠ ausência de limitesLiberdade bíblica = capacidade de escolher o bem

O Carnaval:

  • não liberta

  • desregula

  • escraviza pelo excesso

“Quem comete pecado é escravo do pecado.”(João 8:34)

6. SÍNTESE APOLOGÉTICA FINAL

Critério

Carnaval

Cristianismo

Corpo

Instrumento de prazer

Templo do Espírito

Alegria

Êxtase momentâneo

Gozo santo

Liberdade

Suspensão moral

Domínio próprio

Origem

Paganismo

Revelação

Fim último

Instante

Eternidade

7. CONCLUSÃO TEOLÓGICA

O Carnaval não é apenas uma festa:

  • é uma liturgia rival

  • um anti-culto

  • uma pedagogia da carne

E como diria Agostinho:

“Aquilo que não nos conduz a Deus, nos afasta d’Ele.”

Palavra final:

“Sede santos em toda a vossa maneira de viver.”(1 Pedro 1:15)

 
 
 

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