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Foto do escritorCláudio Carvalho

Predestinação A doutrina da eleição divina.


PREDESTINAÇÃO RM 8.30

 

Introdução a Eleição

  O justo vivera da, pela fé. A salvação é escolha de cada um tendo em si seu livre arbítrio Céu ou Inferno, a salvação é de graça e não por obras Ef 2.8-9 Será maior o castigo para aqueles que ouviram sabendo fazer a vontade de seu senhor e não o fez Lc 12.45-49


Romanos 8.30 e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou. 

Eleição é a doutrina relacionada á divina escolha de Deus de alguns indivíduos Atos 17.30 Rm 10.7-10 de toda humanidade, para se tornarem seus Jo 1.12, através da regeneração João 3.3 ou, seja renascimento da salvação do velho homem para o novo homem.


A eleição deve ser relacionada, mas não diferenciada dos decretos de Deus em geral, da predestinação da pré-ordenação e do conhecimento prévio. Os decretos de Deus abrangem tudo que ira acontecer e incluem tanto a pré-ordenação como a predestinação. A predestinação esta confinada, no uso Teológico aos decretos de Deus relacionados com os indivíduos e sua salvação, enquanto a pré-ordenação cobre todos os outros acontecimentos. Elas constituem em duas partes dos decretos divinos em geral. Alguns estudiosos da Reforma ensinam que há uma dupla predestinação, isto é, a predestinação á salvação para os eleitos, e a predestinação para á perdição para os condenados (Agostinho, Gottschalk, Calvino, Melanchthon e Lutero em seu período inicia; L Berkhof). E outros ensinam a predestinação dos eleitos e a diferencia quantos aos réprobos (C. Hodge, J. O. Buswell, H.C. thiessen, L. S. Chafer). Se Deus decretou a salvação para um homem e a condenação para outro, então a eleição e a reprovação são duas partes do mesmo decreto. Se a predestinação aplica-se apenas aqueles a quem Deus escolheu, então ele descreve o ato pelo qual Deus assina a pagina do projeto ou plano de vida do homem a quem ele escolheu para ser salvo através da divina providencia. Por outro lado, a predestinação descreve o ato pelo qual Deus assina a pagina do projeto ou plano de vida de quem Ele escolheu afastar e deixar por sua própria conta, o que inevitavelmente ira leva-lo a perdição eterna. Desse modo, vemos que para aqueles que acreditam em uma dupla predestinação, a predeterminação cobre os acontecimentos, mas não o indivíduo em algum sentido especifica, enquanto para aqueles que acreditam em uma predestinação apenas para os redimidos, ela se aplica a todos os decretos de Deus, exceto aqueles que estão relacionados com a salvação de alguns homens particular.


Eleição conhecimento prévio

A eleição não é uma simples previsão, nem depende dela. Ela incluiu a previsão de Deus quanto aquilo que o homem ira fazer com sua própria liberdade, mas depende, para sua realização, da graça soberana de Deus. As escrituras ensinam que Deus aceita o que o homem fará com a sua liberdade, acrescentando o que Ele fará através de sua graça para salvá-lo  para fazer efetiva sua eleição daquele individuo.  Duas controvérsias em particular têm surgido dentro da Igreja com alguma influencia sobre a eleição. Em primeiro lugar, Pelagianismo versus Agostianismo.  Pelágio afirmava a capacidade natural do homem de aceitar a Cristo sem a soberana graça, enquanto Agostinho mantinha doutrina da total depravação do homem e a necessidade da graça divina. A igreja Católica Romana preferiu uma posição semi-pelagiana, afirmando que o homem tem alguma capacidade, mas esta será insuficiente sem ajuda dos sete tipos de degraus da graça ascendente que são os 7 sacramento da Igreja Católica em Ordem   Batismo, a Confirmação, a Eucaristia, a Penitência, a Unção dos Enfermos, a Ordem e o Matrimônio. A opinião dos palagianos leva á conclusão de que eleição, isto é, a escolha de Deus de alguns indivíduos, depende do seu conhecimento prévio, os agostinianos dizem que ela depende de seu próprio prazer e graça. Arminio e os atuais  arminianos  afirmam, como Pelágio, que a eleição depende do conhecimento prévio de Deus. Eleição é chamada. Encontramos nas Escrituras duas espécies de chamada. Uma chamada a todos para se arrependerem e serem salvos atos 17.30 Is 55.1 Mt 11.28. e uma chamada mais eficaz Jo 6.3-44, Rm 8.29-30. A chamada geral torna o homem conciente e responsável Lc 12.45-49 por aquilo que deve fazer, a eficaz acrescenta a isso a soberana capacitação necessária para faze-lo Ef 2.8. E essa chamada eficaz que acompanha a eleição. Agora estamos prontos para considerar as diferentes fases da doutrina bíblica da eleição.

 

Segundo Pelágio

posteridade de adão. O Homem Original De acordo com Pelágio o homem criado em uma condição neutra, nem pecador nem santo, e dotado da capacidade para o bem e o mal. Sua vontade era livre e totalmente indeterminada. Ele era mortal desde o inicio. E sujeito á lei da morte. O fato de ter pecado não se deve a um precedente maligno em sua natureza, mas a ter escolhido pecar. A queda do primeiro homem não prejudicou o próximo homem que viria, mas apenas a si mesmo. Então isso não foi transmitido nem como uma natureza pecaminosa, nem como culpa para sua posterioridade, Cada homem nasce com a mesma condição de Adão antes da queda, e então é livre da culpa ou corrupção em seu nascimento. O desejo que levaria inevitavelmente ao pecado. A diferença entre aqueles nascidos depois de Adão e o próprio Adão é seu exemplo maligno de antes deles. O pecado consiste, de acordo com Pelágio, não em pensamento e desejos malignos, mas em atitudes da vontade. Nenhum homem precisa então peca, visto que ele é favorecido com o livre arbítrio, assim como era Adão. Isto é provado, para Pelágio. Pelo fato de Deus mandar o fazer o que é bom; ele então argumenta que Deus não o mandaria fazer algo impossível. A responsabilidade do homem é governada pela medida da sua capacidade. Se o pecado é universal como parece ser, então isto é o resultado de uma educação errada, maus exemplos e um habito de pecar estabelecido por muito tempo. Quando homem vira-se contra o pecado não é por causa da graça soberana de Deus, pois nem o pecado produz a depravação total; mas é porque o homem usa seus dons racionais, a revelação de Deus nas Escrituras, e o exemplo de Cristo Jesus.


Agostinho mostra Os Erros do sistema de Pelágio

Estes erros só podem ser entendidos quando o sistema é visto em contraste com a visão agostiniana do homem, baseado em um estudo indutivo das Escrituras. De acordo com a Bíblia, o homem foi criado em um estado de santa inocência, Deus fez o homem e a mulher como ato principal da sua criação, e tudo era muito bom Gn 1.31 o homem podia até desenvolve-se através de um período de aprovação naquele lugar onde seu caráter era por si santo, como era o caso dos santos anjos, ou podia escolher rebelar-se contra Deus, pecar e cair, como fizeram Satanás e os anjos caídos. O homem entrou no mundo sob de uma aliança, chamada pelos teólogos da reforma de aliança das obras.  Quando o homem pecou, não é porque ele foi criado com uma inclinação a pecar e cair, não mais do que qualquer um dos anjos, mais ele próprio escolheu pecar, estando no gozo ou seja alegria de sua plena consciência. Ao mesmo tempo Adão foi diferente de sua posteridade (e diferente do Senhor Jesus Cristo), pois era o cabeça, e representante de uma raça. Quando ele caiu, por ser um representante do homem aos olhos de Deus, toda humanidade caiu junto com ele, ou nele. Como resultado, toda a sua posteridade nasceu totalmente depravada, culpada pelo pecado de Adão, e herdando uma natureza pecaminosa caída. Então nenhum homem pode livrar-se do pecado e viver uma vida justa a menos que primeiro seja trazido ao conhecimento do Salvador Cristo Jesus através da graça soberana de Deus, e capacitado a cumprir as obras da Lei de Deus pela presença e pelo poder do Espírito Santo que habita em cada um de nós a qual nascendo da água e do espírito Jo 3.3 Rm 8.3-4 Gl 2.20, 5.22-23.


O Semipelagianismo

Esta é uma posição entre as visões de Pelágio e de Agostinho que ensina que a vontade do homem foi enfraquecida e sua natureza adoeceu, mas que ele não ficou totalmente depravado como resultado da queda. O homem caído retém uma medida de liberdade por cuja virtude ele pode cooperar com a graça de Deus. A regeneração então é um produto da vontade do homem e da graça de Deus, instituída pelo homem, e não por Deus. Esta é a visão sustentada pelo catolicismo Romano hoje. Em 416 D.C O Pelagianismo foi condenado nos Sínodos de Milene e Cartago, e finalmente  em 431 D.C no Consenho de Éfeso e em 529 no Consenho de Orange. Toda via, a Igreja foi graduamlmente levada ao semipelagianismo.


Eleição Grego Eklogen Sig escolha seleção

Sentido Bíblico. O termo apresenta três aplicações distintas na Escrituras. 1 Refere-se a escolha de nações ou comunidades para receber previlegios especiais em relação ao cumprimento de uma tarefa especifica. Nesse sentido, os judeus eram a nação escolhida, o povo eleito. No NT, as comunidades cristãs ou igrejas são referidas como os eleitos Jo 1.12, 3.16-18, 8.13-32, 47, 14.6 Mc 16.15-16. 2 Refere-se a seleção de indivíduos para a tarefa ou oficio especifico. Nesse sentido, Ciro foi eleito por Deus com o propósito de possibilitar a reconstrução do Templo, os doze foram designados apóstolos, pois aceitaram a chamada, como dizem as escrituras muitos são chamados, estão sendo convidados, e poucos são os escolhidos os que aceitaram o convite do Rei Jesus Mt 22.1-14.  E Paulo enviado aos gentios Para pregar as boas novas Mc 16.15 ai de mim se não pregar o Evangelho 1Co 9.16. 3 Refere-se a escolha de indivíduos com o propósito de se tornaram filhos de Deus  Jo 1.12 e, portanto, herdeiro do céu Jo 14.

   Esse ultimo sentido de eleição tem provocado frequente e caloradas controvérsias teológicas doutrinaria. Os calvinistas entendem que a eleição de indivíduos para a salvação se refere a um ato absoluto e incodiconal em razão de um decreto eterno de Deus. Os arminianos consideram a eleição um ato condicionado ao arrependimento e á fé, nesse caso, o decreto de Deus estipula a salvação de todas as pessoas que se arrependem genuinamente de seus pecados e creem no Senhor Jesus Cristo. Entretanto, Esse arrependimento tem que haver frutos Mt 3.8-11 Jo 15, essa fé estão vinculados á decisão pessoal de cada individuo, embora Deus conceda graça suficiente a todas as pessoas com o propósito de capacita-las a tomar a decisão correta.


Concepção calvinista. A confissão de Fé Westminster, padrão da igreja da Escócia e de várias igrejas presbiterianas da Europa e das Américas, apresentam a seguinte declaração. Desde toda eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua própria vontade, ordenou livre inalteravelmente acontece, porém de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou contingencia das causas secundárias, antes estabelecidas. Ainda que Deus saiba tudo quanto pode ou há de acontecer em todas as circunstâncias imagináveis, ele não decreta coisa alguma por havê-la previsto como futura, ou como coisa que havia de acontecer em tais e tais condições. Pelo decreto de Deus e para manifestação da sua glória, alguns homens e alguns anjos são predestinados para a vida eterna e outros predestinados para a morte eterna. Esses homens e esses anjos, assim predestinados e são particular e imutavelmente designados; o seu número é tão certo e definido que não pode ser nem aumentado nem diminuído. Segundo o seu eterno e imutável propósito e segundo o santo conselho e beneplácito da sua vontade, Deus, antes que fosse o mundo criado, escolheu em Cristo, para a glória eterna, os homens predestinados para a vida de sua mera e livre graça e amor, e não por previsão de fé, ou de boas obras e perseverança nelas, ou de como condição ou causa.  Assim como Deus destino os eleitos para a glória, assim também, pelo eterno e mui livre propósito da sua vontade, preordenou todos os meios conducentes a esse fim; os que, portanto, são eleitos, achando-se caídos em Adão, são remidos por Cristo, são eficazmente chamados para a fé em Cristo pelo seu Espírito, que opera no tempo devido, são justificados, adotados, santificados e guardados pelo seu poder por meio da fé salvadora. Além dos eleitos não há nenhum outro que seja remido por Cristo, eficazmente chamado, justificado, adotado, santificado e salvo. Segundo o inescrutável conselho da sua própria vontade, pela qual ele concede ou recusa misericórdia, como lhe apraz, para a glória do seu soberano poder sobre as suas criaturas, o restante dos homens para louvor da sua gloriosa justiça, foi Deus servido não contemplar e ordená-los para a desonra e ira por causa dos seus pecados".

Os teólogos calvinistas sustentam essa doutrina por Chito de vários argumentos. (1) De acordo com as  escrituras, a eleição não está vinculada às obras, mas a graça obras no sentido de que a eleição não ocorre em razão daquilo que o indivíduo faz ou deixa de fazer. Para os descendentes de Adão, a vida não é um período de avaliação. Ao contrário, a avaliação de toda a humanidade ocorreu em Adão, de maneira que não se trata de cada um por si. (2) A soberania de Deus ao selecionar pessoas para a salvação é percebida no fato de o arrependimento e a fé serem dons divinos. Esses frutos do Espírito Santo são consequências e sinais de da eleição, e não suas condições. (3) Se a salvação ocorre por meio da graça, e essa graça deve agir do começo ao fim, se modo que obras ou méritos humanos não podem ter nenhum papel ao logo de todo o projeto, situação que certamente ocorreria caso o arrependimento e a fé fossem condições para a eleição. (4) Esse sistema doutrinário não deve ser referido como calvinista, ou agostiniano ou ainda paulino, uma vez que esse pensamento, embora ensinado claramente por Paulo, especificamente em Rm 8.9, também foi ensinado por outros escritores dos textos sagrados e pelo próprio Cristo, conforme Mt 11.25-26; Lc 4.25-27; 8.10; Jo 6.37,39 etc. (5) A clara percepção da soberania de Deus na dispensação da graça salvífica é ilustrada também por meio do estabelecimento das condições temporais da humanidade: alguns nascem e são criados em um contexto de civilidade, enquanto outros nascem em um contexto de barbarismo. Portanto, alguns são abençoados com a luz do evangelho, enquanto outros, habitando em terras pagās, são privados dessa luz e, consequentemente, não são salvos.  Esse sistema calvinista rigoroso, conforme ilustrado acima, recebeu várias modificações por teólogos da escola calvinista. A Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América, em maio de 1903, adotou o seguinte credo: "Cremos que todos os que morrem na infância e todos os outros, entregues pelo Pai ao Filho, que se encontram além do alcance aparente dos meios da graça, são regenerados e salvos por Cristo por meio do Espírito, que opera quando, onde e como lhe apraz".

 

 Concepção arminiana

 O ponto de vista arminiano a respeito da eleição tem sido mais amplamente aceito em tempos recentes que em épocas passadas, mesmo entre denominações de tradição calvinista ou de concepção indefinida a respeito desse assunto. Ao contrário do calvinismo, essa doutrina está fundamentada na universalidade da expiação e na liberdade graciosamente restaurada da vontade humana. Nesse sentido, a eleição não é absoluta, mas condicional, vinculada a aceitação apropriada dos dons da graça, conforme Deus, por meio de seu Espírito e providência, coloca ao alcance de todas as pessoas. Uma vez que esse assunto trata da natureza e do método de governo de Deus e do destino de todos os seres Humanos nos faz-se necessário observar o seguinte: (1) De acordo com a doutrina arminiana, o propósito de Deus de redimir a raça humana estava vinculado ao seu propósito para a criação. Para isso, o Cordeiro de Deus foi "morto desde a fundação do mundo" (Ap 13.8). Deus não teria permitido o surgimento de uma raça de pecadores sem providenciar para que fossem salvos. Essa providência não deve estar reservada somente a alguns, mas a toda a raça decaída. Supor o contrário é opor-se à perfeição divina. Seria injustiça sentenciar à condenação eterna seres humanos nascidos em pecado, sejam quantos forem sem lhes oferecer recursos suficientes para remedia o processo. (2) Os benefícios da expiação são universais e, em parte, incondicionais. São incondicionais em relação àqueles que, embora não por culpa pró pria, se encontram em um estado mental ou moral que torna impossível aceitar ou rejeitar Cristo. Uma denominação proeminente enfatiza a doutrina de que "todas as crianças, em virtude dos benefícios incondicionais da expiação, são membros do reino de Deus". Além das crianças, esse princípio se estende a outros, tanto em contextos pagãos como cristãos. Entretanto, somente Deus é competente para julgar a extensão da responsabilidade de cada ser humano e, portanto, a quem ele pode estender os benefícios incondicionais da expiação. (3) O propósito ou decreto divino é salvar todas as pessoas que, verdadeiramente ou implicitamente, não rejeitaram de modo intencional a obra salvífica do Senhor Jesus Cristo. Entre os que nunca ouviram o evangelho é possível que existam pessoas com "o espírito da fé e o desígnio da retidão". Nesse caso, mesmo aqueles que não têm conhecimento do Cristo histórico determinam, em termos práticos, se serão salvos por meio de Cristo ou não. Aqueles que ouvem o evangelho têm maior vantagem e ao mesmo tempo maior responsabilidade. Para esses, o arrependimento perante Deus e a fé em Jesus Cristo são as condições para a salvação. (4) Deus concede alguma medida de graça a todos os seres humanos, restaurando aos ímpios liberdade suficiente para capacitálos a aceitar Cristo e serem salvos. Ao contrário dos calvinistas, portanto, os arminianos entendem que não apenas Adão, mas a totalidade de seus descendentes caídos se encontra em fase de avaliação.

A favor dessa doutrina argumenta-se que: (1) toda a orientação da Escritura está voltada para a responsabilidade do ser humano e sua capacidade efetiva de escolher entre a vida e a morte. (2) A Escritura ensina explicitamente que Deus deseja salvar todos os seres humanos, de maneira que somente perecem aqueles que resistem, por perversidade, a vontade divina  (1Tm 2.4; 4.10; Jo 5.40; At 7.51 etc.). (3) A Escritura declara a universalidade da expiação de Cristo e, em alguma medida, a universalidade de seus benefícios (Hb 2.9; Jo 1.29; 3.16-17; 1Co 15.22; Rm 5.18-19 etc.). (4) A doutrina da eleição incondicional implica, necesseriamente, condenação incondicional, o que significa acusar de Deus crueldade (5) A eleição incondicional também implica, necessariamente, a estipulação de um número definido de eleitos, questão também apoiada pelos calvinistas, embora estes admitam não haver nenhum ensinamento explícito na Escritura a respeito desse assunto. Aliás, ocorre o contrário, uma vez que a Escritura ensina, não apenas de modo genérico, mas específico, que o número de eleitos pode aumentar ou diminuir. Esse é o sentido de todas as passagens nas quais os pecadores são exortados ao arrependimento ou onde os cristãos são advertidos a respeito da apostasia (Mt 24.4,13 etc.) e exortados a "confirmar a vossa vocação e eleição" (1Pe 1.10). (6) As Escrituras nunca se referem aos impios e incrédulos como eleitos, algo que seria de se esperar caso a eleição ocorresse antes do arrependimento e da fé, ao contrário de estar condicionada a estes. (7) A teoria da eleição incondicional apresenta a mesma tendência que o fatalismo. (8) A lógica da eleição incondicional se encontra em oposição ao evangelismo verdadeiro. (9) As características essenciais da doutrina arminiana da eleição fazem parte da doutrina verdadeira e histórica da igreja primitiva. Agostinho foi o primeiro entre os proeminentes a ensinar a respeito da eleição incondicional, e mesmo ele, apesar da inconsistência lógica de sua formulação, admitiu que a condenação não é incondicional. A igreja aceitou formalmente essa doutrina de Agostinho pela primeira vez em 529 d.C., incluída nos canones do concilio de Orange aprovados pelo papa Bonifácio II. A notoriedade da eleição incondicional no meio protestante se deve, em grande parte, à influência da obra de João Calvino, que aos 25 anos de idade escreveu suas Institutas, onde não apenas apresentou a doutrina agostiniana da eleição incondicional, como também propôs a condenação incondicional. John Wesley e seus seguidores foram responsáveis, em grande medida, por reviver e desenvolver a doutrina de Armínio.

 

 

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